quarta-feira, 12 de março de 2014

PUCRS 2014/1: PPGFil

SÉMINAIRE: FOUCAULT: L’OEUVRE CONTINUE 

Dr. Norman Madarasz et Dr. Nythamar de Oliveira

 Batiment 32, Salle 205. Les mercredis 14h00-16h40.

2014/2  Em português:

Norman Madarasz

Prédio 40 Sala 515, nas quintas, das 14h00 às 16h45.



DESCRIPTION DU SÉMINAIRE
Dans les trente années depuis la mort de Michel Foucault, l’oeuvre de l’auteur des Mots et les Choses est sousmise à de divers découpage, montage, déconstruction, réfutation, relativisation et minoration, quand il ne s’agit pas de simple tentatives d’effacement. Pourtant, l’oeuvre continue de servir de modèles pour maintes orientations de pensée et de savoir. Son nominalisme externaliste met à défi la refonte des projets de fondation ontologique du penser ; son historicisme vient non pas tant à exposer la conscience et les énoncés du vrai comme autant d’effets d’un régime conceptual soumis à la finitude radicale, que attester de la difficulté à cerner l’énonciation inconsciente des catégories de la subjetivation ; et son recoupement de l’histoire de la philosophie écarte la pratique théorique entre une science du discours et une éthique positiviste de la division du vrai. Ces orientations font de l’oeuvre de Foucault un défi pour un dépassement de la philosophie par un discours post-humaniste encore en recherche de son nom, discours qui ne peut faire l’économie d’un rejet des propositions institutionnelles dont l’objectif est de neutraliser par absorption la puissance critique que la philosophie tient sur l’avenir de la science et de son application à la vie biotechnicisée. L’oeuvre appelle ainsi à une saisie continue.

OBJECTIFS:

Ce semestre, le Programa de Pós-Graduação em Filosofia de l’Université Catholique de Porto Alegre (PUCRS) a l’honneur de présenter le séminaire de 2e et 3e cycle en langue française dédié à l’oeuvre de Foucault, sous la direction des professeurs Nythamar de Oliveira et Norman Madarasz. L’objectif en est de reprendre rigoureusement et en détail la progression de l’oeuvre de Foucault en tant que projet expansif de recherche, depuis la critique des institutions de l’asile, de l’hôpital psychiatrique et de la clinique, du tout début de l’oeuvre,  jusqu’aux prisons et la biopolitique, depuis l’analyse structurale des sciences humaines et une linguistique de l’inconscient jusqu’aux thèses sur la gouvernamentalité et la prévision d’une nouvelle subjectivité des plaisirs au-delà de la morale et de la culpabilité.

PROGRAMMATION

12/03 Présentation du cours, des objectifs et des projets de recherche : Prof. Norman et Prof. Nythamar

19/03 Prof. Nythamar: M. Foucault, "Introduction à l’Anthropologie de Kant" / Dits et écrits: "Qu'est-ce que les Lumières?" (1984)

26/03 Prof. Norman: Naissance de la Clinique, et la critique de la phénoménologie.

2/04 Prof. Nythamar: Foucault et l'École de Francfort (Théorie Critique: Jürgen Habermas); J. Habermas, Le discours philosophique de la modernité

9/04 Pas de rencontre

16/04 Prof. Norman: L’Archéologie du Savoir (169) science, linguistique.

23/04 Prof. Nythamar: M. Foucault, Dits et écrits: "Bio-histoire et bio-politique"(1976), "Subjectivité et vérité (1981), "A propos de la généalogie de l'éthique" (1983), "Les techniques de soi" (1982); Judith Revel, "Michel Foucault: repenser la technique"

30/04 Prof. Norman: Hommes infâmes et vies parallèles. Critique du sujet, de l’homme, de l’auteur et de l’identité.

7/05 Prof. Nythamar: Sécurité, Territoire, Population (1977-78); Naissance de la biopolitique (Cours 1978-79)

14/05 Prof. Norman: Le corps et le sexe: critique du matérialisme. Histoire de la sexualité. La recherche parallèle de Peter Brown dans Le Renoncement à la chair. (Body and Society).

21/05 Prof. Nythamar: L'Herméneutique du sujet (Cours 1981-82)

28/05 Prof. Norman: Hétérotopie, altérité, homosexualité. D. Halperin, Saint Foucault. Towards a Gay Hagiography. (1997)

4/06 Prof. Nythamar: Le Gouvernement de soi et des autres (Cours 1982-83)

11/06 Prof. Norman: Reprise du modèle deleuzien de Foucault. G. Deleuze, Foucault (1986)

18/06 RECESSO FIFA
25/06 RECESSO FIFA

2/07 Prof. Nythamar: Foucault et l'École de Francfort (Théorie Critique: Axel Honneth)
A. Honneth, The Critique of Power (Kritik der Macht), Pierre Bourdieu; Sur l'État

9/07 Prof. Norman: Folie, Déraison, “maladie mentale”, Folie, psychatrie, psychanalise. 

PUCRS 2014/1: PPGFil
Porto Alegre
Quintas 14h00-16h40 – Prédio 40 Sala 515

SISTEMA E ESTRUTURA II 
 As Condições Artística e Amorosa no Sistema de Badiou: 
a exEstética na Filosofia Francesa Contemporânea  


EMENTA
No seguimento da análise da pretensão sistemática da filosofia na obra de Alain Badiou, aborda-se, no campo do Ser e acontecimento I (EE), a tese das condições da filosofia, especialmente as condições do poema (“arte”, em Ser e acontecimento II (LM)) e do amor. Ao lado das condições da política de emancipação e da matema (ou “ciência” em LM), a existência anterior das condições no que diz respeito à filosofia, organiza a decisão metodológica em favor de um “gesto platônico”. As condições são o terreno das práticas em que se desenham a produção da verdade, o que aventa que são as práticas que conduzem coletivamente a enxergar por onde, e os meios pelos quais, se manifestam os princípios fundamentais do ser e da existência. A aposta de Badiou, contudo, é afirmar que a ontologia geral é intrínseca e imanente às condições. A sua articulação é, nas melhores das circunstâncias, uma idealização, pois a ontologia é o que é intrinsicamente em comum às condições. Porém, não se trata apenas de isolar uma camada de regras, permanecendo e já existindo por meio da existência destas condições, mas articular pelos constrangimentos e pelas transformações que elas, e apenas elas, proporcionariam, pois são estas dinâmicas que evidenciariam as emergências subjetivas localizadas. A questão então é como entender um sujeito ontológico no poema/arte e no amor. O sujeito em questão é distribuído pelo acontecimento que o despertou, se manifestando como possibilidade local e relativamente num critério inconsciente. Portanto, no modo geral, busca-se compreender melhor a dimensão contingente da regulação das categorias do pensar, e, de modo localizado, a relação entre a estrutura e a forma específica das verdades produzidas por esta entidade subjetiva imersa nos contextos discursivos existenciais da arte e do amor.

OBJECTIVOS:
Na perspectiva de L’Être et l’événement, a noção de “sistema” implique um formalismo múltiplo que aponta a um realismo mais fundamental, sem dimensionalidade, cujo operador é a multiplicidade irredutível, ou seja o conceito de “conjunto”. A ontologia é sem dimensão porque é imanente às condições enquanto produtoras teóricas dispersas de novas formas de sujeito. Ora, um dos desafios para que a tese de sistema possa se verificar é a capacidade de lidar com conceitos e categorias que se justificam por uma ética ontológica. Porém, no período pós-existencial da filosofia francesa contemporânea, foi na prática da estética, isto é, em ramos inteiros da filosofia francesa, que se dispersou a possibilidade da ontologia entendida como plausibilidade de fundamentar a razão. A articulação de uma filosofia e de uma ciência pós-humanistas curiosamente abandonou a exigência de transformar a ciência, visando ao contrário a uma teoria estética, implicitamente motivada pela Teoria estética de T. W. Adorno. No contexto francês, esta orientação na filosofia despertou um espiral descendente, em que uma estética radicalmente crítica da sociedade capitalista se transformou em projeto de ampliação de um existencialismo pós-subjetivo, cujo principal foco era a superação do determinismo econômico evidenciado pela análise marxista do capital, mas que se esgotou na celebração dos prazeres e do sujeito como singularidade. Argumentara-se que este projeto acabou na indecidabilidade entre filosofia, arte e literatura, e, por conseguinte, conduziu a um quase colapso da filosofia no espaço francês. Pretende-se comparar o diagnóstico desta tensão na filosofia por meio da leitura da contribuição feita por Badiou à estética, tal como a de Rancière e da corrente crítico de Heidegger que se forma a partir da obra de Adorno.


CRONOGRAMA
13/03 APRESENTAÇÃO: INESTÉTICA/EXESTÉTICA: 
CONDIÇÃO DA FILOSOFIA ENQUANTO ARTE MATERIALISTA? Brecht, Godard, Althusser.
20/03 Não haverá aula (professor em mini-curso)
27/03 O SISTEMA DE BADIOU 

3/04 INESTÉTICA I
10/04 Não haverá aula (professor em mini-curso na Udelar)
17/04 feriado
24/04 INESTÉTICA II

1/05 Não haverá aula (professor em simpósio)
8/05  O SÉCULO
15/05 RANCIÈRE: MALESTAR NA ESTÉTICA
22/05  A CONDIÇÃO AMOROSA E O CORPO NOVO
29/05 RETOMANDO AS BASES: O SITUACIONISMO e A FUGA ESTÉTICA DA FILOSOFIA FRANCESA CONTEMPORÂNEA (Anos 1970-90)

5/06 TEORIA ESTÉTICA DE ADORNO I
26/06 TEORIA ESTÉTICA DE ADORNO II
3/07 O IMPASSE: A ESTÉTICA “DOMINADA” PELA FILOSOFIA?
10/07 BRECHT